4 de dezembro de 2010





Competência:

Compreender a arte como saber cultural estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.


Habilidades:

Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.

Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.

Reconhecer o valor da diversidade artística em das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.


Apresentação:

Iniciamos pela poesia concreta de Décio Pignatari, de 1957:


Este poema nos remete a aspectos em que encontramos um movimento no ritmo do poema que define sua forma, assim mexendo com o leitor de maneira a este buscar uma entrada e possíveis saídas na obra. Desta maneira proporcionando leituras diversas sobre uma mesma obra, o concretismo, surgindo em 1956, com a exposição Nacional de Arte concreta, no MAM em São Paulo.

A busca pela ruptura com o convencional, fez com que entre artistas como Augusto de Campos, Haroldo de Campo, Décio Pignatari, e outros, um manifesto onde poderiam pintar sua poesia em imagens formadas por palavras, onde as palavras desenham e significam em conjunto de sentido e imagem.

O uso de paranomásias para causar o efeito de repetições, trocadilhos, compunha estruturalmente os poemas, os espaços em branco na folha algumas vezes são preenchidos por palavras, o uso de neologismos e estrangeirismos ocorre com maior freqüência, e a fragmentação das palavras remetendo a sua raiz, e novamente a recompondo, combinando e fazendo nova palavra nascer, é exemplificado por este poemas que conhecemos.

Mas podemos refletir sobre um aspecto além da poesia concreta e de sua significação, que se instaura na identificação que temos com este poema, e com a relação que ele faz entre o mundo, a palavra, o individuo. Como pode ser compreendida na citação de José Fernandes sobre o poema Coca cola:

“Não obstante Haroldo de Campos falar apenas em antipropaganda, ao referir-e a este poema, analisando mais profundamente as coordenadas fonêmico-semânticas dos vocábulos que se metamorfoseiam ao longo do texto, observamos que subjaz às palavras um conteúdo que vai além do meramente verbivocovisual. Já no segundo movimento, a metátese fonêmica que redundou na passagem de beba para babe, evidencia o processo ideológico e o discurso do silêncio, subjacente ao visual. Beber coca-cola não figura nos países do Terceiro Mundo, tão-somente como ato de sorver o liquido e matar a sede; é, antes, o ato de absorver uma cultura que se coloca por trás do discurso visual, ou se mistura com a essência da coca. Babe, além de se referir diretamente ao ato de lambuzar, próprio de quem vai ao poete sem se precaver, reserva uma carga semântica que se interconecta às conseqüências da perda da identidade cultural. Esse raciocínio se clarifica quando verificamos que babar se correlaciona, ainda, a fala melíflua, fala enganosa da propaganda e do domínio cultural que se impõe aos povos subdesenvolvidos. Alicerçando nossa interpretação, observamos que a ação de babar não se refere mais a coca, como o fizera a de beber, mas a cola. Ora, babar cola é, de certa maneira, aderir ao consumismo, que compreende toda a dinâmica do capital e, sobremaneira, do copismo cultural”. (Texto extraído- FERNANDES. José. O Poema visual – Leitura do imaginário esotérico - Da antiguidade ao século XX. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. p. 125-126- In http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/decio_pignatari_2.html- acesso dia 24/11/2010).
Assim o poema coca cola nos remete ao acesso a nossa própria cultura, onde este produto (a coca- cola) está presente e engajado a nossa vida, a nossa rotina, desta maneira, esse consumo, se relaciona não apenas ao simples consumo, mas ao prazer que ele desperta prazer este que está interseccionado a uma idéia do que realmente a coca-cola representa, por isso, a arte, a propaganda, o marketing, o desenho, a música, o poema, e outras formas de artes expõem um símbolo tão conhecido e aceito pela sociedade, que nos revela sobre nós mesmos no mundo capitalista.

Mas a coca é reconhecida e consumida mundialmente, o que ela nos diferencia enquanto cultura brasileira?

Temos como comparação o local originário de sua criação, que foi os Estados Unidos, onde sua história remete a tentativas da criação de uma bebida alcoólica, que foi proibida pelos puritanos, assim, o famoso Dr. John, que tinha uma formula farmacêutica que prometia grandes resultados para o corpo e alma, se aliam em uma formula que ficou rapidamente conhecida, assim nasce o slogan: "Coca-Cola, Delicious! Refreshing! Exularating! Invigorating!". Então as garrafas em miniatura também originam de amostras que foram experimentadas e concluídas como a verdadeira coca-cola.



Temos uma citação de Stuart Hall que pode nos levar a pensar ainda mais sobre a questão de nossa cultura:

“No mundo moderno, as culturas nacionais em que nascemos se constituem em uma das principais fontes de identidade cultural. Ao nos definirmos, algumas vezes dizemos que somos ingleses ou galeses ou indianos ou jamaicanos. Obviamente, ao fazer isso estamos falando de forma metafórica. Essas identidades não estão literalmente impressas em nossos genes. Entretanto, nós efetivamente pensamos nelas como se fossem parte de nossa natureza essencial. (...) O argumento que estarei considerando aqui é que, na verdade, as identidades nacionais não são coisas com as quais nós nascemos, mas são formadas e transformadas no interior da representação. Nós sabemos o que significa ser “inglês” devido ao modo como a ‘inglesidade’ (Englishness) veio a ser representada – como um conjunto de significados - pela cultura nacional inglesa”.

Então quando pensamos neste produto tão americanizado, podemos pensar que criamos a nossa identidade para a coca-cola, quando vemos a representação de um pensamento da cultura brasileira sendo trabalhada pela palavra coca-cola, que assume uma identidade, nesta situação nacional, apontando para esta relação que o individuo tem com o mundo.

Mas esta é apenas uma das identificações de nossa cultura, então propomos uma reflexão mais ampla nos perguntando: onde nós brasileiros podemos nos reconhecer neste produto e quais são as outras possíveis relações com a cultura brasileira podemos estabelecer?



Instruções para a atividade:

Nossa atividade se divide em duas etapas, a ciação do acesso à atividade e a própria atividade.

Primeira etapa:

1- Vá à página do Facebook ( www.facebook.com ) e crie uma conta. Caso você já possua uma conta, você pode utilizá-la, não é necessário criar uma nova conta.

2- Após ter sua conta no Facebook, procure “Literatura e Arte” no campo de Procura, que se localiza na parte superior da página, onde está escrito “Procurar” ou “Search”. Clique em “Literatura e arte” para ter acesso ao seu perfil. No caso de não encontrar o campo de busca, clique no link abaixo:


3- Agora você está no perfil de “Literatura e Arte”. Ao lado da foto do perfil, você verá as abas de conteúdos. Clique em “mural” ou “Wall”.

4- Em “mural” ou “Wall” você verá uma lista de links e perguntas que fazem parte da nossa atividade.


Segunda etapa:

1- Assista ao vídeo “GERAÇÃO COCA-COLA”, clicando no primeiro item da lista. Após assisti-lo, responda à questão 1, que também se encontra na lista.

2- Após a primeira questão, aparece uma foto de um rapaz ao lado de uma imagem de uma garrafa de coca-cola. Clique nesta foto para vê-la maior. Após observar a foto, responda à questão 2, que se encontra na lista.

3- Os próximos dois links da lista são duas propagandas da coca-cola, uma é a primeira propaganda criada para a marca, a outra é uma propaganda que podemos ver atualmente na TV. Os links levam aos vídeos no youtube, clique para ver com mais detalhes. Após observar as duas propagandas, responda à questão 3.

4- No último item da lista, o usuário Literatura e Arte “curtiu” a página da coca-cola, clique no link em azul para acessar essa página. Assim que tiver acesso à página, clique em uma das abas, a “Coca-cola”, que se encontram ao lado da foto do perfil.

5- Desça a barra de rolagem até o final da página. Você verá seis itens na horizontal, que mostram as atividades que a coca-cola faz pelo mundo. Clicando nesse link, você irá para a página vivapositivamente, da coca-cola. Agora, já na página, clique no quinto item, “comunidade”, e explore essas atividades.








Grupo:

Jaqueline Corrêa
Marina Munita
Waleska Matos

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