23 de maio de 2010

Gramática: Conceito

Prática de Ensino: Produção de Material Didático
Nome: Denise de Carvalho Silva - Letras

GRAMÁTICA: CONCEITO


Fonte: Revista nova escola ano XXIII – nº 209 – JAN/FEV 2008

Certamente você entendeu o significado dessa frase: Verifique os freios. E entendeu porque ela está baseada em um código que você conhece: a língua portuguesa. Mas é certo também que essa frase foge dos padrões da escrita e da fala convencionais, ou seja, não obedece os princípios fundamentais da nossa língua.
È do senso comum considerar a gramática como um conjunto de regras e princípios que orientam o funcionamento da língua. Na verdade ela não se resume a isso. Podemos distinguir pelo menos dois tipos de gramática: a normativa , que estabelece as regras a serem seguidas por todos aqueles que querem “falar e escrever corretamente”, e a descritiva, que tem por objetivo descrever e analisar a língua utilizada por um determinado grupo de pessoas.
Quem faz a língua são os falantes, não os gramáticos. Estes simplesmente recolhem e analisam o material produzido pelos falantes, já que a língua é viva e dinâmica. Ela na está sujeita a regras eternas.
E a escola? Tem acompanhado as mudanças ou parou no tempo? O que você pensa a respeito?
Em geral, as pessoas tem assumido duas posições com relação ao ensino de gramática na escola. Umas alegam que ela é inútil e acham que ela deve ser completamente eliminada das aulas. Outras já fazem dela o único objetivo de ensino da língua portuguesa.
É claro que há exagero em ambas as posições. Assim como não é adequado reduzir o ensino de português ao estudo da gramática normativa, também não se pode deixar de aprende-la, pois ela é um dos meios pelos quais se tem acesso ao padrão culto da língua, isto é, aquele que realmente se utiliza nos jornais, nas revistas e nos livros.

APROFUNDANDO



GRAMÁTICA
ERRO GRAMATICAL E
ERRO LINGUÍSTICO



Nossa vida em sociedade está sujeita a regras a que devemos obedecer. O mesmo acontece com a linguagem: ela tem normas, princípios que precisam ser obedecidos.
Geralmente, achamos que essas regras dizem respeito a gramática normativa. Tanto isso é verdade que, para a grande maioria das pessoas expressar-se corretamente em língua portuguesa significa não cometer “erros” de ortografia, concordância verbal, acentuação etc. Há no entanto, outro erro mais comprometedor do que o gramatical, que é o de inadequação de linguagem ao contexto.
Em casa ou com amigos, nós empregamos uma linguagem mais informal do que nas provas da escola, por exemplo. Ao conversar com nossos avós, não devemos utilizar algumas gírias, pois eles poderiam ter dificuldade em nos compreender. Ou ainda, ao escrever um artigo para uma revista de rock ou surf, podemos utilizar expressões populares, gírias especificas de cada grupo, ao passo que em uma dissertação formal solicitada em um vestibular ou em um concurso público já precisamos empregar um vocabulário mais formal e obedecer as regras da gramática. Esses fatos nos levam a concluir que existem dois níveis de linguagem. Vamos destacar dois desse níveis: o coloquial e o culto.

- LINGUAGEM COLOQUIAL-


É aquela empregada no cotidiano. Portanto, é bastante informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece, necessariamente, as regras da gramática normativa.


Fonte: http://www.rleite.files.wordpress.com/ – google imagens


- LINGUAGEM CULTA OU FORMAL-


Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa. È empregada na escola, no trabalho, nos jornais e nos livros em geral.
Dominar uma língua, portanto, não significa apenas conhecer normas gramaticais, mas, sobretudo empregar adequadamente essa língua em várias situações do dia-a-dia: na escola com amigos, num exame de seleção, no trabalho.



EXERCICIOS


1) Foram transcritas abaixo frases ouvidas em seriados de televisão, que apresentam “transgressões” as normas gramaticais. Indique essas transgressões e corrija-as de acordo com a gramática normativa.

a) Vamos tomar uma champanha
b) Há uma telefonema para você
c) Chegou a ordem para mim fazer o negocio.

2) Que item da gramática normativa (como por exemplo: pontuação, concordância, ortografia, regência) não foi respeitado no quadrinho abaixo?



3) Leia o poema abaixo e depois responda as questões


“Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro.
Só fumo cigarro de páia mió.

E Assim sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do Norte. (O POETA DA ROÇA – Patativa do Assaré)

a) Reescreva o poema de acordo com o padrão formal da língua escrita.
b) Compare as duas versões, as duas formas de expressão.
Qual delas ficou melhor, ou seja, está mais adequada à expressão do “eu poético”? Por quê?
Que diferenças existem entre a língua padrão do sertanejo e a língua padrão mais aceita socialmente?


4) Você foi assistir a um show de rock. Escreva dois textos relatando como foi o espetáculo. O primeiro deverá ser dirigido a seus colegas de classe, e o segundo deverá ser escrito como se fosse publicar em um jornal da cidade.

5) Descreva o carro dos seus sonhos. A seguir escreva dois anúncios publicitários:
a) O primeiro deverá ser dirigido a um publico jovem e esportista;
b) o segundo deverá ser dirigido a senhores de 35 a 50 anos, empresários e profissionais liberais de classe alta.

6) Escreva um diálogo entre um casal de namorados. Procure empregar expressões comuns a sua região e invente outras reveladoras de uma paixão muito intensa.

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